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BIOGRAFIA

De nacionalidade Portuguesa e radicados no Brasil desde 1955, o casal que abraçara a causa espírita Fernando Campos Ferreira da Cunha e Zélia Martins Peres Teixeira em 1976 mudam-se para a Praia Grande.

Ele, parente de José Herculano Pires e jornalista espírita, participou ativamente do Clube de Jornalistas Espíritas, contribuindo com afinco nos mais diversos trabalhos em Congressos e Encontros Espíritas, como o de Belo Horizonte, de 1 a 5 de novembro de 1961. 

Seu empenho ultrapassou a divulgação da doutrina através de palestras, se engajou com destreza na formação de encontros espíritas no Centro Espírita Irmã Cristina, na época presidido pela Sra. Flora Magalhães,  além de outros centros, inclusive, no Paz e Amor fundado pelo casal Ayres e Patrícia Dias, aqui em Praia Grande. 

Cumpriu a risca a Doutrina Espírita em seus três aspectos: Ciência, Filosofia e Religião.

O Casal Fernando e Zélia, no inicio dos anos 80, iniciou um grupo de ajuda focados na preparação e distribuição de sopas aos carentes da região, porém, como as necessidades se fizeram presentes e para não por fim aos compromissos assumidos em prol de tantos necessitados, onde a responsabilidade para com a caridade os direcionou a ceder sua própria moradia.

Passaram a realizar Seções Espíritas e como todos sabemos ... quando o trabalhador está pronto, o trabalho aparece ... Com grande alegria e comprometimento fundou-se o Centro Espírita Allan Kardec em 25 de janeiro de 1984 na moradia do casal, situada à Rua Dr. Ciro Carneiro, 754 - Vila Sarita.

As doações para as sopas e cestas básicas vinham de anônimos de todos os lados, chegaram a colocar uma caixa de Doações no Edifício ABC, no bairro do Forte.  Um dos doadores assíduos era o Sr. João Boa Praça, vereador da cidade na época, doando pães e muitos gêneros alimentícios.

Como toda causa em prol do bem evolui, pois tem a “Mão” do Pai Celestial a conduzi-la, foi necessário a aquisição de um terreno onde se ergueria uma construção para a futura sede do Centro, com a participação efetiva de um companheiro de trabalho, Sr. Julio Couto, na época vereador da Cidade de Praia Grande, onde, após doações e até a “passagem” de um Livro de Ouro, conseguiram adquirir um terreno situado à rua Costa Rica, 59, onde hoje é a sede do Centro. Além disso, conseguiu o título de Utilidade Pública, o que acarretou um alívio ao caixa do Centro. 

Com a construção de uma edícula nos fundos do terreno, inicia-se um novo período e efetivamente começam as reuniões com leitura e discussões do Evangelho e reuniões de Prática Mediúnica.

Em 11 de novembro de 1987, desencarna o Sr. Presidente fundador Fernando Campos Ferreira da Cunha e assume o lugar da presidência o Sr. Julio Couto.

Através do Departamento Social, denominado “Eurípedes Barsanulfo”, as obras assistenciais não paravam, foi preciso realizar muitos chás, apresentações com músicas espírita e shows beneficentes constantes na Nova Casa de Luz.

Mas, como todos nós, estamos aqui de passagem para novas experiências e aprendizagens, chegou ao final do estágio na terra a Fundadora Zélia Martins Peres Teixeira, vindo a desencarnar com leucemia em 11 de novembro de 1988. Porém, durante sua internação, assumindo todos os trabalhos sociais da casa, suas fieis companheiras de assistência social, as  Sras.  Emília, Etel, Leny e Ilza e que no final da vida da fundadora, quando já se apresentava  debilitada,  cuidaram dela até seu retorno para a  casa original. 

Doravante, assume a presidência o Sr.  Fernando Campos, filho do casal fundador do centro.

Os trabalhos aumentavam e com isso também aumentava o número de colaboradores.  A vida da casa havia se alterado e com isso a necessidade de um local maior.   Porém os custos da obra, das sopas e doações de cestas básicas fizeram com que a arrecadação espontânea de valores mais os bazares de roupas usadas, não cobrissem as necessidades financeiras. 

Infelizmente, em horas como essa,  decisões nem sempre satisfatórias, têm que ser tomadas e a escolha foi suspender por algum tempo  a distribuição de sopas.

Como a construção da edícula no novo terreno estava adiantada, resolveram abrir uma porta da residência do casal para com a nova edícula cujo tamanho era maior e acomodava melhor as necessidades da época.  As reuniões passaram a ser feitas na edícula, e com novo espaço começou-se, com um pequeno grupo, os estudos da evangelização.

Com a mudança da sede, em sua primeira assembléia, foi decidido a substituição do nome do Centro para “CENTRO ESPÍRITA DENIZARD RIVAIL”, que se mantém até hoje .

Aproximadamente um ano após a mudança da sede, problemas pessoais, familiares e a pouca participação das pessoas tornou impossível a manutenção do Centro, tendo seus trabalhos paralisados (fechado) por cerca de 2 anos.

Com a volta do casal Ayres e Patrícia Dias de Londrina, Paraná, onde estavam morando a cerca de 5 anos,  e tendo experiência  com administração e condução de Centros Espíritas – O casal se estabeleceu em Praia Grande a partir do ano de 1976. Traziam uma grande bagagem em trabalhos espíritas, pois estudaram por muito tempo na USE de São Paulo, freqüentaram outros Centros e eram ativos em trabalhos em prol da sociedade carente.  Fundaram dois Centros na Cidade de Praia Grande juntamente com outros colaboradores, um hoje com nome de GEO, situado no Canto do forte e o outro Paz e Amor, à Rua Maurício José Cardoso – a USE de Praia Grande, que na época era presidida pelo Sr. Edgar Nicolino Alves, convidou o casal  a reabrir o centro espírita Denizard Rivail e dar continuidade nos trabalhos.  Com a aceitação da condução do Centro tiveram que preparar o terreno e a Edícula sede pois precisavam de reparos.  Com ajuda de um grupo (quase a totalidade de nomes aparecem no registro da primeira reunião), “arregaçaram as mangas” (como na maioria dos centros Espíritas o dinheiro é escasso) e começaram a viabilizar a parte física para início dos trabalhos.  Todos na enxada para limpar o mato que tomava conta do terreno.  Acertar a entrada da rua com o terreno, pois naquela época não havia asfalto, esgoto  a céu aberto que, em dias de chuva tornava-se quase impossível chegar ao centro.  Dificuldades... Como sempre os espíritas encontram muitas dificuldades para passar adiante as palavras de Jesus e a ordem da vida.  Mas a tenacidade e a vontade de servir são sempre maiores e a cada dificuldade as forças redobram.  E foi assim, passando por cima das adversidades, que em 23 de agosto de 1991 inicia-se a nova fase do Centro Denizard Rivail  e se estende até hoje e irá por muito tempo, se Deus Quiser.

Bem, primeira etapa concluída, início dos trabalhos.  O centro caiu como uma luva naquele lugar, a freqüência aumentava a cada dia.  Tudo corria bem.  Porém, com o passar dos anos começaram aparecer problemas na edícula, principalmente no telhado e na sustentação das 2  caixas de água, precariamente suportadas por barrotes de madeira.  Surge a necessidade de aumentar a sede e ficou decidido, em uma reunião, que se faria a nova sede isolada da edícula.

Inicia-se aí uma nova etapa, a construção “efetiva” (entre aspas por que o alicerce foi feito para receber mais dois andares) da nova sede no centro do terreno.  Intensifica-se a venda de roupas usadas e outros acessórios cedidos pelos colaborados.  Noite de pizzas e outras invenções para arrecadar o dinheiro visando a nova obra.  Mas era pouco o que se arrecadava, insuficiente para uma obra do porte do Centro. Eis aí que a “Mão de Deus se faz presente”, entra em cena um amigo do Sr. Ayres, vereador e também espírita, representante de firmas de revestimento de prédios na Baixada Santista, Sr. Walter Salermo, que abraça a causa e através dos seus conhecimentos arrecada o material necessário para a construção da nova sede.  O trabalho flui a todo vapor e no dia 29 de julho de 1995, com a nova sede pronta temos o primeiro dia de trabalho na nova casa do Centro  Espírita Denizard Rivail.  Durou pouco, missão cumprida, apenas o suficiente para dar impulso a um novo centro e, um mês depois, desencarna o Sr. Ayres Dias.  Baque? Que nada!  Ficou a enorme saudade e aumentou a vontade de continuidade.  Porém, antes de falecer, o Sr. Ayres solicitou que utilizássemos todos os dias e horários disponíveis para o aprendizado e divulgação do evangelho.  Que o espaço fosse cedido também para a USE pela dificuldade de encontrar local.  Que não abandonássemos a causa espírita e puséssemos todos os nossos esforços em prol dos mais necessitados.  Que aceitássemos a todos com muito carinho e amor e que tentássemos, até onde o Pai determinasse, curar as mazelas do nosso próximo.

Feita nova assembléia e assume a presidência o Sr. Ondamar Antonio Soares Junior e como vice a Sra. Patrícia Estevam Dias, que estão conduzindo maravilhosamente bem o Centro até os dias de hoje. 

Hoje estamos muito felizes pelos trabalhos realizados, por ver a grande aparição de Centros Espíritas na Baixada Santista e saber que fomos um dos pioneiros na divulgação do evangelho do Cristo.

Agradecemos ao  Sr. Edgar que cedeu-me  grande parte da história do Centro e também por ser um dos desbravadores do espiritismo na baixada e hoje atua dando cursos de aprendizado no Denizard Rivail.

 

Com gratidão Aires Dias Filho e Edgar Nicolino Alves

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